O CRACK: Surgiu no início da década de 80, como uma jogada dos narcotraficantes para democratizar o uso da cocaína que por seu alto custo, impedia o acesso das classes sociais mais baixas. Por isso não é uma droga nova, é uma nova via de administração da cocaína. É um subproduto que resulta em pequenos grãos, é fumado em cachimbos. Contem menos cocaína em sua elaboração, porém, tem efeito semelhante e tão potente quanto ao de cocaína injetada. O efeito dura menos do que a cocaína inalada, é mais potente e o efeito inicia mais rápida e intensamente. O crack começou a ser usado em meados de 1990, na periferia de São Paulo e em menos de dois anos, alastrou-se pelo Brasil.

Ao ser inalado leva de 10 a 15 segundos para chegar ao cérebro e produzir efeito: euforia, indiferença à dor, à fome, ao sono, ao cansaço. O efeito dura de 3 a 10 minutos, muito pouco. Não precisa mais do que três ou quatro cachimbadas para tornar-se um dependente, viciado.
Em torno de 15 minutos após o efeito surge a Síndrome de abstinência: prostração, depressão profunda, ansiedade e agressividade e, muitas vezes com contorções no corpo inteiro, provocadas por câimbras. Além disso, o usuário apresenta quadro de extrema violência que se manifesta a princípio contra a própria família. Os usuários, em sua maioria, têm entre 15 e 30 anos de idade, vêm de bairros pobres da periferia como de ricas mansões de bairros nobres.

Normalmente o usuário, continuará o uso da droga, movido pela dependência e para evitar a Síndrome de abstinência. Com isso, o viciado consumirá grandes quantidades por dia, tornando o vício muito caro.

Já viciado, o usuário esgotará suas fontes de recursos, venderá tudo o que tem, ficando somente com a roupa do corpo. Não conseguirá manter a rotina de estudos e trabalho, passará a viver basicamente em busca da droga, não medirá esforços para consegui-la. Por pressão do traficante e do próprio vício e, sem ter como ganhar dinheiro licitamente, cometerá crimes. Suas opções incluem furtar e vender objetos de uso da família e dos amigos; prostituir-se, traficar drogas, aliciarem novos usuários, roubar etc.

Em sua fase mais aguda da dependência, mais do que uso crônico da droga, é o modo de vida do usuário de crack que o expõe à vitimização, muito mais do que as doenças sexualmente transmissíveis e outras complicações de saúde. Mais do que tudo, é o modo de vida, que o levará à morte por homicídio resultante de brigas em geral, ações policiais e punições de traficantes pelo não pagamento de dívidas.

Os usuários de maconha estão expostos e vulneráveis a uma nova forma de administração de crack. A fim de obter novos usuários, os traficantes adicionam pequenas quantidades de crack misturada ao cigarro de maconha, o mesclado, levando o usuário de maconha à dependência de crack de forma involuntária. Porém, muitos usuários de maconha o utilizam por vontade própria, preferindo o mesclado.

Embora gere menos renda por grama de cocaína produzida, o crack por viciar mais rápido, garante um mercado mais garantido para o traficante.

A cocaína injetada (intravenosa) que ocupava a posição fundo do poço cedeu lugar para o crack.

A minha opinião é de que o usuário de crack não reverterá à vida normal, penso que os danos causados no cérebro (físico) são irreparáveis. A chance de recuperação, parcial, dependerá mais do que a simples vontade. Exigirá mais do que a submissão voluntária, exigirá alto investimento, além, disso, a maioria das famílias não tem condições de custear os tratamentos e, não há vagas suficientes em clínicas terapêuticas assistenciais do sistema de saúde pública. Existe também o risco de se submeter a um falso tratamento em muitas clinicas terapêuticas, particulares, ou com subsídios de governos, sem idoneidade, fraudulentas.

abe lembrar, que o usuário só pode ser submetido a tratamento, de qualquer espécie, se o fizer de livre e espontânea vontade, bem como, poderá interromper o tratamento quando quiser. Se lhe faltou força de vontade para resistir à tentação, muito mais difícil será, ter disposição depois de se instalar o vício.

Ao Estado compete providenciar o ambiente estruturado de tratamento, protegendo o usuário. A família, em sua maioria por não ter recursos para manter a internação e tratamentos teria o familiar sendo tratado, e não preso na cadeia.

O ESTADO deve assumir o controle de fato. Esse controle não é somente distribuir recursos sem avaliar os resultados, nem com campanhas ditas educativas, quando a disseminação do crack já virou epidemia.

É para ontem, providenciar aumento de vagas em clínicas públicas, específicas para tal, e tratar os dependentes de drogas, mesmo sem a autorização deles.

Considero que a LEI antidrogas deva ser revista para CRIMINALIZAR o uso de drogas, onde a PENA seria de INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA. É preciso impor os limites e fazer prevalecer o direito à saúde protegendo o usuário, sua família e a comunidade.

É EMERGENCIA.










  1. Esse mau tem que ser dissipado, é assim com trabalho da policia e auxilio da comunidade que deve ser feito. Infelizmente, muitos acreditam que a repressão não deve ser feita de maneira ríspida, mas imaginem o policial chegando à boca de fumo batendo palma em frente e pedindo permissão para entrar, ele certamente vai ser recebido a bala. Então população vai colocar a mão na consciência se alguns ainda as têm e refletir um pouco. Ninguém quer um ponto de droga próximo a sua residência, então antes que instituam a crackolandia em Joinville, vamos acabar com esse mau.

  2. Recentemente foi criado pelo cmdo da 2ªcia/8BPM Cap RIBEIRO com apoio do cmt do 8ºBPM Cel Edivar, precisamente dia 17/03 do corrente ano, uma equipe composto por quatro policias militares, aos quais foi dado a tarefa de combater diretamente o crime de trafico de drogas, que estava em crescente aumento na area leste de joinville, que abrange 10 bairros com aproximadamente 130 mil habitantes, pois bem, apos um mes de trabalho, tivemos um excelente resultado, colocando atraz das grades 13 traficantes e apreendido uma grande quantidade de drogas, trabalho arduo realizado com total comprometimento e envolveu alem dos policiais escalados, agentes da 2ªseção norte e principalmente o apoio da comunidade, quais ao pereceberem movimentação estranha proximo ao seus domicilios, ligavam ao 190 e informavam o fato, notamos que comunidade mais policia militar produz um excepcional resultado no combate a este crime, nosso trabalho continua, e uma guerra longa porem ja com algumas batalhas vencidas.

    Sgt PM JONES DAY Ribeiro Pinto

    1. Parabéns, meu amigo. O sucesso só é possível graças a sua abnegação e eficiência. É uma honra para mim, comandar profissionais como você, o Capitão Ribeiro e Policiais Militares que compõem o grupo de vocês. Muito obrigado.

  3. >Gostaria apenas de acrescentar, que a "invenção" do Crack se deu nos EUA, como forma de maximizar os lucros, visto que a nova droga, quando foi lançada, era bem mais viciante e consequentemente mais lucrativa. O filme "Fique rico ou morra tentando" de Hollywood retrata bem esse começo.

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