Considerando que a boa intenção serve de motivação, repasso a minha experiência com INFARTO – causado por ESTRESSE (stress). Esse tipo de infarto não discrimina. É PARA TODOS NÓS, estressados. Muitos descrevem as sensações como, dor aguda no peito que se espalha pelas costas, amortecimento do braço e que, logo depois vem o desmaio etc.  Por experiência própria e, no meu caso: A dor no peito não foi TÃO aguda no início, nem se espalhou pelo braço, costas… nem fiquei inconsciente, ao contrário. O desconforto manteve minha atenção. Como eu disse – no meu caso –  parecia indigestão. 
Eu estava numa reunião que iniciou por volta das 14:00 h. e que durou mais de cinco horas. O tempo todo sentia uma leve ardência no meio do peito, típica de indigestão. Descobri que tossir ou arrotar, aliviava. A cada sensação de dor, tossia, provocava pequeno arroto e, passava. Assim foi até às 19:00 h quando na viatura PM, meu motorista me convenceu à medir a pressão no Hospital. Relutei, pois nunca tive problemas com a minha pressão. IMPORTANTE: cheguei ao hospital às 19:15 h. Fui atendido por cardiologista que, de cara, colocou dois comprimidos sob minha língua. Meia hora depois, deitado numa maca, ligado ao aparelho de eletrocardiograma eu insistia que estava bem, a dor estava passando e, quase não a sentia… . Foi coletado sangue (3x) para exames e ainda o monitoramento pelo “eletro”. Tudo normal – a pressão, que SEMPRE esteve entre 12 x 8 e 10 x 6 – mantinha-se em 12 x 8. As minhas taxas de colesterol: HDL (o BOM) 39,70 mg/dl – (os adultos devem ter mais de 40,00, crianças mais que 35,00). O LDL (o MAU) 78,80 mg/dl – (o nível desejável é inferior a 129 mg/dl) – estava com ótima Saúde, de dar inveja.
Por volta das 22:30 horas a dor voltou, FORTE.
Às 22:40 horas INFARTO – Suor frio e muita dor, aguda e contínua. Sempre consciente, fui encaminhado às pressas para a sala de procedimento (hemodinâmica) onde dois cirurgiões aguardavam. Uma enfermeira raspou os pelos na virilha (no seco) e outro enfermeiro ligou os tubos (tipo soro) e também saiu da sala. Um médico baixou um (grande) cilindro no meu peito, enquanto o outro lidava com o cateter. Não perdi os sentidos, assisti a tudo pelo reflexo do monitor numa vidraça que divide a sala de cirurgia. Fiquei conversando com os médicos durante a angioplastia. Só queria acabassem logo, com a dor. Notei que os médicos estavam apreensivos, eles tinham que encontrar a obstrução, rápido. Os pensamentos e sensações que senti são indescritíveis. Afinal, poderia morrer e nem tive tempo de me despedir da esposa e filhos, dos amigos. (Sobre esses sentimentos e sensações, daria um livro).
Às 22:50 h a artéria desobstruída com um stent e uma lesão com perda de uma parte do coração. Enfim de volta à vida! NORMAL. Um mês depois voltei para outra angioplastia, para colocação de outro stent, porem agora com mais calma (dos médicos), conversamos o tempo todo, relaxadamente. Estou com DOIS STENT’s e recuperado total.
Aprendi que existem três fatores geradores: Idade, doença e estresse.
O infarto que amortece partes do corpo pode ser detectado muito antes com exames de sangue e de esforço cardiológico, é tipo doença; normalmente é causado por altas taxas de colesterol, triglicérides, hipertensão etc. É o mais comum.
O (meu) fator gerador foi ESTRESSE. O infarto causado por estresse tem altíssimo índice de mortalidade, porque ocorre a constrição da artéria.
Existem dois tipos de estresse: físico, do atleta, durante a prática de esporte ou, emocional, acúmulo de incômodos e chateações – até que um dia explode. É aquela reunião que se inicia às 13:50 h e termina às 19:40 h – isso é pra matar qualquer um…

Ao final três lições:
Lição 01: Se você “pressentir” o infarto e for ao Hospital e lá,  não for atendido por um cardiologista, poderá ser dispensado, mandado embora para descansar, com uma aspirina… a sorte é fundamental.
Lição 02: Das 1915 h até as 2240 h – os exames estavam TODOS normais e, eu insistindo em ir para casa e, que estava bem. Com esses sintomas, somente um cardiologista vai te salvar.
Lição 03:  Pelo que senti (inexplicável)  DEUS EXISTE
 (certeza). Não procure em igrejas, templos etc. Não é religião. DEUS HABITA em nós. Todos vamos descobrir… nem que seja na hora extremo.  E é EXCEPCIONALMENTE BOM.

  1. Pois é meu tio querido… lendo teu relato, quase me senti na cena!!! Eu acrescentaria tb, além do estresse, o fator “familia”, onde a pré-disposição no nosso caso, é enorme!! Eu creio que nada acontece por acaso, e quando coisas assim nos acontecem, é hora de avaliar tudo,desde as horas infindáveis em compromissos que nos “matam”silenciosamente, aos poucos, até aquilo que nos rouba a paz e o equilíbrio, em doses homeopáticas!! Deus é maior, não tenho dúvidas, e tudo o que nos faz bem, é o que realmente merece cada batida do nosso frágil/forte coração! um beijão e cuide-se!!

  2. >Deus é bom, e permite a todos nós alternativas… se há desgraças, com certeza foram escolhas nossas.
    Te cuida, COMPADRE. Tem muita gente boa que te ama e precisa de ti neste mundinho injusto.
    Minha depressão tb dá um livro (riso).
    Abraço. Jorge

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